Profissional responsável por intermediar a relação entre segurado e seguradora, a função de corretor de seguros foi criada no Brasil por volta de 1560, quando houve a necessidade de resolver conflitos entre mercadores e patrocinadores das grandes navegações. Nos seus mais de 500 anos de história, a categoria é marcada por reivindicações para fazer valer sua importância para a existência da atividade securitária.
Cenário movido por adaptações
Nos dias de hoje, já com a atividade estabelecida e reconhecida, o corretor precisou acompanhar as transformações para conseguir trabalhar em um cenário movido por adaptações.
Programa acelerador liderado por corretores
Conforme está escrito na história do exercício da corretagem de seguros, os corretores não são profissionais conformistas. Ao contrário, eles estão sempre em busca de melhorar a atividade para si e para o cenário da profissão como um todo. Foi nessa busca que, em 2019, foi lançado nos Estados Unidos, o primeiro programa acelerador liderado por corretores de seguros.
De olho no futuro
O objetivo do programa é reunir startups de insurtech centradas em corretores e trazer oportunidades de distribuição e engajamento de stakeholders. De olho no futuro, a aceleradora pretende promover uma cultura de inovação e empreendedorismo dentro do espaço insurtech centrado em corretores.
Esse fato, por si só, já demonstra o quanto os corretores estão colaborando para tornar o futuro da profissão mais aberto às transformações do mercado. Mas, quais serão as tendências para o futuro dos corretores?
Cliente em primeiro lugar
O 29º Congresso Ibero-Americano COPAPROSE 2022, organizado pela Confederação Pan-Americana de Produtores Assessores de Seguros (COPAPROSE) e pela Federação de Associações de Produtores Assessores de Seguros da Argentina (FAPASA), reuniu produtores, intermediários e corretores em prol do debate sobre as tendências para o futuro dos corretores e destacaram-se alguns apontamentos. Um deles foi feito por Marvin Umaña, presidente da COPAPROSE, sobre o dever do corretor de seguros. Ele disse: “saber que o cliente vem em primeiro lugar e identificar que o seguro não é um produto tangível que se compra, por isso que é muito importante a profissionalização do intermediário”.
Desafios
Questionado sobre quais seriam os desafios para o corretor no futuro, Umaña respondeu: “são vários, mas o principal é ter consciência da importância do seu papel na cadeia de valor do seguro”.
Quatro pilares para recomendar produtos
Para Umaña, os corretores têm o compromisso de recomendar o seguro ao cliente com base em quatro pilares:
Características do produto
Solvência da empresa
Preço
Atendimento
O corretor vai continuar a ser o protagonista do setor segurador
Para Agustina Decarre, presidente da FAPASA, “no futuro, o corretor vai continuar a ser o protagonista do setor segurador”. No entanto, ela alerta que ele o fará, com certeza, de um lugar diferente: mais empreendedor, com maior formação e novas habilidades. E, para avançar neste caminho, ela considera essencial “entender o que o futuro nos exige e como podemos enfrentar essas necessidades”.
Umaña partilha da mesma visão. Ele enfatiza que “a presença do corretor é muito importante e a seguradora deve saber que essa figura é central no setor, porque gera valor agregado no processo de venda de seguros”. Para ele, o feedback entre o Corretor e a empresa é essencial, pois o primeiro é quem tem contato direto com o cliente e mantém uma relação pessoal com ele e sua família.