Mulheres são múltiplas e isso está refletido em suas atividades. Márcia Silva,  Diretora Comercial de Afinidades da Tokio Marine é um bom exemplo. Ela é mais um destaque que o CQCS apresenta na série de reportagens com o perfil de mulheres de destaque no mercado de seguros.  

Márcia diz que está sempre em busca da evolução e novos desafios. Afinal, ela se transforma e  vai incorporando as experiências. “Comecei sendo filha, irmã, amiga, me tornei mulher, mãe, colega de trabalho, liderada e líder. Busco estar presente nas relações. Não consigo ser pela metade ou sem energia, sou naturalmente intensa”, diz.

Ela começou a carreira em uma empresa de lapidação e exportação de esmeraldas, como recepcionista. Por não ter medo de desafios, foi  convidada a cuidar da área de comércio exterior para logo em seguida passar a fazer parte da área comercial. “Fiz graduação em marketing, depois fiz pós-graduação em marketing digital e, hoje, estou à frente da diretoria Comercial de Canais Especiais da Tokio Marine, que cuida de projetos especiais e que, naturalmente, alimenta a minha alma e mente inquietas”, relata.

Márcia está há 27 anos no mercado de seguros, 11 em empresas prestadoras de serviço à indústria securitária e 16 em seguradoras. “Atualmente, no mercado securitário existem muitas mulheres atuando com empatia e muita resiliência, que são pilares importantes na diversidade. Ainda temos uma sociedade repleta de comportamentos enraizados e preconceituosos”, opina. 

Por isso, Márcia acredita que é preciso que as pessoas continuem abertas a novos aprendizados e diálogos que permitam que a diversidade seja algo cada vez mais natural, incluindo mulheres negras, a comunidade LGBTQIA+, pessoas com deficiência, migrantes, refugiadas, jovens e pessoas mais maduras. “É importante que todos dividam o mercado de trabalho e contribuam com suas visões e seus aprendizados, que visem a uma sociedade economicamente ativa cada vez mais plural”, declara.

Para a executiva, a mulher consegue colaborar com qualquer indústria em que estiver inserida, pois tem, naturalmente, capacidades intelectual e de gerenciamento iguais às dos homens. “No mercado segurador, já somos quase 60%. Agora, temos que objetivar ter mais mulheres em “C-level” e equiparação salarial”, defende.

Em seu tempo livre, Márcia gosta de viajar, estar em contato com a natureza e com as pessoas. “Amo ler, ir ao cinema, ao teatro, cozinhar”, diz. 

Como muitas pessoas, Márcia enfrentou dificuldades e teve conquistas. “As minhas maiores conquistas foram acompanhar a evolução da minha filha, vê-la se formar duas vezes, ter ideais e valores que eu admiro muito e na esfera profissional, acompanhar a evolução e crescimento das pessoas que já trabalharam comigo, ter a capacidade de trabalhar em equipe e me cercar de excelentes profissionais, que contribuem constantemente com as inúmeras conquistas ao longo da minha carreira”, destaca.

Ela relembra uma fase desafiadora quando foi trabalhar, durante seis meses, no Rio de Janeiro e via a filha pequena apenas aos finais de semana. “Equilibrar, constantemente, a Marcia mãe com a Marcia executiva, principalmente enquanto minha filha era criança e adolescente, foi um grande desafio. Ter deixado de ser considerada para uma vaga importante por ser mulher, também foi um momento marcante, mas que me deu (ainda) mais força para procurar uma empresa que me valorizasse enquanto mulher”, afirma.

Para ela, as dificuldades ficam mais leves quando existe um time altamente capacitado. “Sempre tive sorte de estar cercada por excelentes profissionais que me fazem sair da zona de conforto e contribuem com visões diferentes”, pondera.

Ela vê que o mercado segurador acolheu bem as mulheres e, em termos de quantidade, já existe igualdade. “O próximo passo é buscar igualdade no pilar remuneração, bem como ter mais mulheres em posição C-level e mais mulheres negras em cargo de gestão. Temos visto cada vez mais agendas que proporcionam esse diálogo e o CQCS tem nos ajudado colocando esse tipo de pauta em várias oportunidades”, analisa.

Por tudo que viveu e viu até aqui, Marcia diz que as mulheres devem sempre acreditar em sua capacidade, mesmo que outros duvidem dela. “Se prepare para a área que desejar, esteja cercada de um bom time, faça tudo com paixão e energia e não tenha receio de mostrar fragilidade, quando se sentir assim, isso nos humaniza e proporciona ainda mais conexão com todos”, aconselha.

 Fonte: CQCS l Juliana Winge