Durante o discurso de abertura do 22º Congresso dos Corretores de Seguros, que reuniu cerca de 2 mil pessoas, o presidente da Fenacor, Armando Vergílio defendeu a autorregulação da categoria. “É preciso fortalecer, valorizar e implementar de fato a autorregulação como instituída na forma da lei complementar 137”, defendeu, isso porque a autorregulação pode ser um órgão auxiliar da própria Susep.
Para Armando, a autorregulação pode ampliar a estrutura da Susep além de representar sua verdadeira reestruturação no curto prazo, desonerando o governo e melhorando a eficácia do estado. “Não avançar corretamente com o instituto da autorregulação é querer amarrar o desenvolvimento do setor, não pensar nos consumidores, é não querer proteger e preservar os direitos e garantias dos segurados”, enfatizou.
Além de Armando Vergílio participaram da cerimônia de abertura o deputado federal e presidente da ENS, Lucas Vergílio; o superintendente da Susep, Alexandre Camillo, o prefeito de Campinas, Dario Saad; o presidente da CNSeg, Márcio Coriolano, o presidente do Ibracor, Joaquim Mendanha e o presidente do Sincor; Boris Ber.
Em sua fala, Boris Ber, presidente do Sincor-SP, ressaltou a emoção do momento. “Uma emoção gigante!”, enfatizou. Boris disse que o prazer de ver e abraçar as pessoas é inigualável. Ele ainda ressaltou que depois de 23 anos o congresso dos corretores voltou a São Paulo. “É um sinal de parceria, harmonia e muita confiança em trazer o congresso para o interior de São Paulo, uma região de pujança econômica”, ressaltou.
Joaquim Mendanha falou em seguida. “É uma mistura de alegria e emoção, mas o presidente falou uma palavra que comungo muito: o aprender. O que aprendemos nesse tempo todo e não tenho dúvida que, nós corretores de seguros, cada vez mais mostramos nossa importância na proteção. Acho que vamos, sim, celebrar a vida e os desafios que vêm pela frente.
Marcio Coriolano, presidente da CNseg, lembrou que os dois últimos anos colocaram todos à prova e enfatizou a união de corretores e seguradores para enfrentar as dificuldades da economia com a pandemia. “Demonstração de que somos, sim, um setor solidário, moderno e progressista”, ressaltou.
Com o setor crescendo nominalmente em 2021 1,3%. Coriolano disse que este é um setor dinâmico e moderno e que pode incorporar mais gente na proteção do seguro. “O que nos anima é o que vem pela frente. Estaremos todos a serviço do propósito construído com os corretores há décadas, de um setor que deve estar no centro das políticas públicas e privadas. Somos os braços da proteção econômica da cidadania e desoneramos o estado brasileiro para que ele faça aquilo que precisa fazer”, finalizou Coriolano.
Alexandre Camilllo, superintendente da Susep, estava em casa e deu seu tradicional cumprimento “olá”. “No meu entender minha presença aqui se traduz em uma conquista para o mercado, uma conquista para o setor extremamente relevante para todos os atores do mercado de seguros extremamente relevante para o corretor de seguros. Essas conquistas se traduzem a interlocução”, disse ele
Ele disse ainda que sua presença à frente da autarquia é sinal de que o diálogo está restabelecido. “Essa é a minha característica, o conversar, o ouvir, o desenvolver ações fruto desses aprendizados”, afirmou.
Com críticas à gestão anterior, Alexandre Camillo pediu confiança e apoio dos corretores para – junto com a nova diretoria – colocar em marcha o que o setor quer. “Há que se entender que existe uma equação entre o que ser quer, o que é necessário e o que é preciso. Vamos trabalhar”, sentenciou.
Dario Saad, prefeito de Campinas, agradeceu pela escolha da cidade para receber o congresso. Ele disse que a cidade sofreu com a pandemia. “Este é o primeiro grande evento depois da pandemia. Como todas as cidades, Campinas sofreu muito, mas tem uma boa perspectiva no futuro próximo para controle da doença”, revelou.
Lucas Vergilio, deputado federal e presidente da Escola de Negócios e Seguros, criticou a ex- superintendente da Susep, Solange Vieira, por falta de conhecimento e pelo desrespeito ao mercado de seguros. “O poder público agora corrige da maneira correta ao voltar o órgão regulador a uma pessoa comprometida. Vamos ter um ambiente mais saudável. O que nos motiva e nos dá força para superar nossas divergências”, destacou.
Fonte: CQCS | Sueli Santos