Unisys Security Index (USI) aponta que 55% dos brasileiros acreditam que Lei Geral de Proteção de Dados trará avanços na segurança de informações mantidas por empresas.
A receptividade à nova lei revela que a regulamentação governamental atual da computação em nuvem é considerada uma questão no Brasil
Resultados inéditos do Unisys Security Index™ (USI) 2020, estudo anual conduzido globalmente realizado desde 2007 sobre as preocupações com segurança do consumidor, apontam que cerca de metade dos brasileiros confiam que a Lei Geral de Proteção de Proteção de Dados (LGPD) venha a garantir um melhor sigilo de informações privadas.
Segundo a pesquisa, 55% dos brasileiros disseram estar extremamente ou muito confiantes de que a lei trará avanços requeridos para proteger seus dados mantidos por organizações públicas e privadas. O regulamento sobre proteção de dados no Brasil obriga empresas e instituições a cumprir normas de segurança para evitar roubo, vazamento e venda não autorizada de informações pessoais. Com a LGPD em vigor, o Brasil se juntará a mais de 120 países ao redor do mundo que possuem uma lei de proteção de dados parecida com o modelo europeu (GDPR).
A receptividade à nova lei revela que a regulamentação governamental atual da computação em nuvem é considerada uma questão no Brasil. Apenas 29% dos entrevistados disseram estar extremamente ou muito confiantes de que organizações públicas e privadas que possuem dados de usuários na nuvem tomem as medidas necessárias de proteção contra ameaças cibernéticas.
O USI 2020 aponta, ainda, que metade dos brasileiros (49%) está confiante de que uma identidade cidadã unificada, que use autenticação de diferentes tipos de biometria - como impressão digital, reconhecimento fácil e de íris - protegerá melhor seus dados.
Sobre o Unisys Security Index™
Iniciativa da Unisys Corporation (NYSE: UIS), o Unisys Security Index™ é o mais antigo monitoramento global de segurança digital. Realizado desde 2007, o levantamento oferece uma análise estatisticamente robusta sobre a percepção de segurança dos consumidores.
Projetado numa escala que vai de zero a 300 (sendo o zero mais seguro e 300, menos), o índice é calculado a partir de uma metodologia que afere atitudes de pessoas ao longo de um dado período de tempo em relação a oito temas de segurança, divididos em quatro categorias: Segurança Nacional, também relacionado a desastres ou epidemias; Segurança Financeira, que aborda temas como fraude bancária e obrigações fiscais; Segurança da Internet, que inclui vírus/ ataques de hackers e transações online; e, por fim, Segurança Pessoal, com tópicos como roubo de identidade e informações pessoais.
O Índice de Segurança é calculado com base na média das preocupações de consumidores com a segurança nessas quatro grandes dimensões em uma escala de um a quatro, em que um é não preocupado e quatro é extremamente preocupado. Das respostas, é aferida uma pontuação média entre extremamente preocupado (300 pontos), muito preocupado (200 pontos), um pouco preocupado (100 pontos) e nada preocupado (0 ponto).
O Unisys Security Index de 2020 foi baseado em pesquisas nacionais de amostras representativas de um total de 15.699 residentes adultos de 18 a 64 anos de idade em 15 países. Foram aplicadas entrevistas online junto a grupos amostrais representativos com o mínimo de 1.000 indivíduos dos seguintes países: Austrália, Bélgica, Brasil, Chile, Colômbia, França, Alemanha, Índia, México, Holanda, Nova Zelândia, Filipinas, Singapura, Reino Unido e Estados Unidos.
Durante a pesquisa, realizada entre 16 de março e 5 de abril de 2020, a pandemia de COVID-19 era predominante em todos os países analisados.
A amostra do estudo é ponderada com relação a características demográficas nacionais de adultos, como gênero, idade e região. Os índices de segurança globais são médias não ponderadas dos índices de segurança dos 15 países.
A margem de erro é de 3,1% para mais ou para menos nos resultados por país, e de 0,8% nos resultados globais. O nível de confiança da pesquisa é de 95%.
Autor: Alexandre Lyra