A Sompo Seguros promoveu uma live com o objetivo de debater o impacto do isolamento social e as tendências para o mercado de varejo no período pós-pandemia.
A atividade foi voltada aos profissionais que atuam nas cadeias produtivas de varejo e seguros, e contou com a participação do sócio da consultoria PWC, Davi Morell e da coordenadora do time de Business Analytics da Cielo, Carolina Rocco. O evento online foi mediado pelo CEO da Sompo, Francisco Caiuby Vidigal Filho.
Ao abordar a transformação digital Morrel falou sobre as tendências de comportamento e consumo, mostrando uma pesquisa da PWC em que 89% dos brasileiros valorizam a experiência em uma transação comercial. Para o especialista esse apontamento possibilita enxergar as questões de pandemia, e-commerce e transformação digital pela perspectiva do que “todo o contexto está mudando dentro do ponto de vista de eficiência, conveniência e atendimento”.
Na avaliação do gestor da PWC o mundo atual passa por modificações que podem ser consideras fantásticas. “A pandemia está impondo uma mudança muito grande e que veio impactar comportamentos, expectativas e como nos relacionamos com o varejo. Tudo isso não afeta só as transações comerciais, mas também a vida pessoal”.
Para exemplificar as mudanças existentes o especialista apresentou dados referentes a fase que engloba a pandemia. “Nesse período de isolamento social, 45% das pessoas tiveram redução na renda familiar. Metade dos entrevistados esperam manter o mesmo nível de gastos no médio e longo prazo, até porque perceberam que é possível viver com menos despesas. Acho que essa pandemia veio gerar um efeito de redução nos gastos que deve perdurar”.
Ele ainda mostrou que nesse período grande parte das despesas familiares estiveram direcionados a mercearia, entretenimento e mídia. “No caso das mercearias, dois terços das compras são on line e através de aplicativos. Já os setores de vestuário e itens de beleza sofreram reduções bem significativas”, destacou. Segundo ele aumentou muito o foco das pessoas na saúde e no bem estar. “Os maiores percentuais estão em saúde mental e bem estar, saúde física, dieta e necessidades médicas”.
Outra mudança significativa na sociedade apontada por Morrel é a criação de maior consciência do coletivo, com ênfase na conexão e na comunidade. O isolamento social está proporcionando hábitos e comportamentos que deverão ter continuidade após a retomada das atividades. “Para dialogarem com o consumidor após o fim da pandemia, tanto o varejo como as outras indústrias terão que aprender quem é esse novo cliente, quais são seus comportamentos, suas prioridades e de que forma é possível interagir com ele”.
Já a participação de Carolina Rocco foi sobre os indicadores do impacto da Covid-19 no varejo brasileiro. De acordo com a coordenadora o material é uma medição geral de mercado e foi produzido com base na metodologia do índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). A visão de varejo total apresentada por Carolina inclui os principais blocos de bens duráveis, não duráveis e serviços e os principais setores que compõe cada um desses blocos.
De acordo com os dados da Cielo, desde o início do surto de Convid-19 o varejo total apresentou queda acumulada de 28,1% no Brasil, melhorando de forma consistente no fim de março e com leve piora na última semana do mês de junho. Já o segmento de serviços apresentou queda de 62,4% no período acumulado, sendo o setor mais impactado desde o início da pandemia.
Carolina disse que a Cielo tem grande consideração pelos dados apresentados por entender que eles estão entre os bens mais precisos que existem. “Minha sugestão é que esses dados, tão abundantes na atualidade, devem ser utilizados para a tomada de decisões como as tendências de cada negócio, as comparações de desempenho de uma empresa em relação ao setor que ela pertence. Falo isso, pois nas análises de números, percentuais e informações é possível ter o insight que fará seu negócio crescer. E nós da Cielo ajudamos da melhor forma possível nessa jornada do uso de dados”.
Para o presidente da Sompo a mudança no comportamento do cliente é uma oportunidade de crescimento para o mercado segurador. Na avaliação de Vidigal Filho, restaurantes, lojas de roupas e diversos segmentos do comércio precisarão adquirir seguros. “Os empresários que estavam desprotegidos e foram pegos de surpresa pela crise, agora compreenderam que contar com um benefício para manter o negócio é fundamental. E nós, como propagadores do produto seguro, devemos oferecer e criar novas soluções para essas demandas que já estão surgindo”.
Autor: Seguro Gaúcho
