O presidente do SINCOR-GO, deputado federal e vice-presidente Institucional da Fenacor, Lucas Vergilio, foi o convidado do programa Direto & Reto com Camillo Alexandre, realizado nesta quarta, 29, pelo canal do Sincor-SP no YouTube. Em entrevista ao presidente do Sincor de São Paulo, Lucas Vergílio falou sobre a atuação do Congresso em meio à pandemia, o desfecho da MP 905 e as novas resoluções da Susep.
Um dos principais pontos abordados na entrevista foi a atualização cadastral dos corretores de seguros convocada recentemente pela Susep, em especial, a Circular 602; e a obrigatoriedade de divulgação das comissões dos corretores nas apólices de seguros. “Parece que a circular foi editada por uma pessoa que não tem a menor vivência do mercado de seguros e, pior ainda, por uma pessoa que sequer deve consumir seguros, pois do contrário, ela saberia que a relação do corretor com o segurado vai muito além da assinatura da apólice e que oferecemos consultoria ao segurado durante todo o período de vigência do contrato”, destacou Lucas Vergilio.
“O seguro não é commodity e sim um produto personalizado, de acordo com a necessidade de cada segurado. Muitas vezes um seguro com a mesma cobertura varia de preço de uma seguradora para outra. Como corretor, posso oferecer um contrato de R$ 3.500 com uma comissão de 10% ou 15% e para o cliente o que importa é o valor do prêmio — e isso quem precifica é a seguradora”, acrescentou o deputado federal.
Além disso, continuou ele, o corretor não gera custo no preço do seguro. “Nós somos um canal de venda barato e, aliás respondemos por 80% da venda de seguros no País”, observa o presidente do SINCOR-GO. “A edição da resolução só pode me levar a crer que se trata de uma iniciativa deliberada contra o corretor de seguros. Vou defender nossa categoria. Não vamos aceitar mais nenhum constrangimento por parte da Susep aos corretores de seguros, profissionais que estão protegendo e amparando a vida e o patrimônio do brasileiro neste momento de pandemia”, ressaltou Lucas Vergilio.
“Vamos continuar procurando construir um diálogo com a Susep. Não faz sentido a superintendência simplesmente determinar normas e regras sem o diálogo com o mercado, com os corretores de seguros, de uma forma que não leva em consideração o futuro desse mercado a longo prazo”, destacou.
Reiterando o posicionamento da Fenacor, Lucas Vergilio e Alexandre Camillo recomendaram que o corretor de seguros, por enquanto, aguarde para fazer sua atualização cadastral, já que o prazo estipulado pela Susep vai até 31 de julho.
Autor: Fenacor