Em entrevista ao jornal O Globo, transmitida pelo Facebook, o presidente da CNseg, Márcio Coriolano, defendeu, entre outras propostas, a oferta de produtos “mais flexíveis”, principalmente para as camadas da população de renda mais baixa. “É preciso facilitar a vida do consumidor, inclusive no mundo digital. Não faz mais sentido exigir que o consumidor assine um papel. Mais importante é haver rapidez e segurança na contratação pela internet”, frisou.
Nesse contexto, ele acrescentou que, para assegurar que o consumidor esteja bem informado sobre o que está contratando, é fundamental haver tanto o “passo a passo” quanto a presença do corretor de seguros para orientar o segurado. “Mas, não precisa de papel. Os jovens não querem saber de papel. Há um mundo novo”, salientou.
Coriolano admitiu ainda que muitos consumidores ainda não conhecem bem o mercado de seguros, embora o mercado já tenha expressão razoável, com uma fatia de 6,5% no PIB brasileiro, movimentando algo em torno de R$ 425 bilhões por ano. “Contudo, para as grandes necessidades de proteção da população brasileira, essa participação não é tão grande assim.
O Brasil é país de renda média, mas a capacidade de compra é menor que a de outros países. A necessidade de proteção é muito maior”, observou.
O presidente da CNseg afirmou ainda que as pessoas que olharem mais atentamente para o mercado vão “se surpreender com as variedades de opções, para todos os tamanhos de orçamento”.
Nesse sentido, ele acentuou que é possível escolher uma proteção que cabe no bolso em diferentes modalidades de seguros.
Coriolano entende que mais recentemente está havendo uma percepção maior sobre a importância do seguro, o que se reflete no desempenho do setor. “O seguro surpreendeu entre 2014 a 2017, quando havia profunda recessão na economia.
Nesse período, o setor respondeu melhor ainda do que no período de maior crescimento. Isso significa que a população já enxerga a necessidade de proteção”, frisou.
Ele sugeriu ainda que a população acesse o site da Susep e o da Fenacor para consultar se a seguradora está em situação regular e verificar se o corretor é, de fato, um profissional devidamente regulamentado.
Autor: CQCS