Em 2017 o segmento de vida e previdência confirmou seu vigor. A previdência manteve o nível de captação forte, sustentando o crescimento de reservas em dois dígitos, sempre acima de 15%, sem mudanças de patamar, e com crescimento consistente. A afirmação foi feita pelo presidente da FenaPrevi, Edson Franco, durante o 23º Encontro de Líderes do Mercado Segurador, promovido pela CNseg, em Foz do Iguaçu.
Para este ano, ele destaca que é preciso dar continuidade à agenda de desenvolvimento do mercado em parceria com a Susep. “O nível de diálogo e de relacionamento técnico com o nosso órgão regulador e fiscalizador está passando por um de seus melhores momentos, com uma discussão honesta e franca, e um debate intelectual de alto nível, visando o desenvolvimento do mercado”, opina.
Franco complementa que isso trouxe avanços importantes que devem ser consolidados nesse ano, como a evolução regulatória dos produtos de acumulação, especialmente no que se refere à modernização das regras de investimentos, importantes em um cenário de juros mais baixos da história do País. “O cliente vai buscar maior diversificação, por isso é importante que tenhamos flexibilidade para oferecer produtos cada vez mais aderentes às suas necessidades”.
Além disso, estão na pauta do segmento para esse ano a conclusão da tipificação tributária do vida universal, avançar na regulamentação do seguro funeral e na proteção dos consumidores contra produtos ilegais, que começam a preocupar o segmento de vida; retomar os debates em torno da diversificação dos canais, com a criação da figura do agente especialista em distribuição de vida e previdência, para trabalhar a desconcentração dos canais de distribuição, pois o segmento ainda é muito dependente da comercialização via bancos.
Outro avanço esperado é a criação do PrevSaúde, até mesmo pela expectativa do produto de preparar o consumidor para o aumento da longevidade e dos custos de saúde na fase de aposentadoria, e o preparo do mercado de annuities, atento ao que já foi feito em outros países, e preparar o mercado de previdência para a fase de desacumulação com produtos sustentáveis e aderentes às necessidades dos clientes.
Edson Franco lembra que o desempenho do segmento de pessoas está vinculado à capacidade do país de incluir mais pessoas no mercado, que depende da desconcentração e aumento da renda e estabilidade de emprego. “Por isso 2018 é tão importante. No momento em que a Reforma da Previdência para este governo parece totalmente soterrada, a retomada da discussão da responsabilidade fiscal é algo fundamental”.
Autor: Revista Cobertura Por Camila Alcova